Psicografia de Divaldo Pereira Franco / Pelo Espírito: Manoel Philomeno de Miranda
“Este livro aborda (...) experiências de socorro aos nossos irmãos da Terra, procedentes de nossa Esfera de ação, com tarefas definitivas em favor da cristianização das criaturas, sob as luzes vigorosas dos postulados espíritas, conforme herdamos do insigne Codificador Allan Kardec”.
Quem assiste às tarefas de divulgação da Doutrina Espírita, através de vultos como Divaldo Franco, Raul Teixeira, e tantos outros servidores do Evangelho Redivivo, pode não imaginar quantas dificuldades enfrentam essas pessoas na superação de seus próprios limites e imperfeições, além dos assédios que sofrem por parte de seres encarnados e desencarnados, que tentam dificultar a consecução dos compromissos assumidos. Não faltam, porém, aos lidadores do Bem e da Boa Nova, o apoio dos Amigos Espirituais. Assim é que, formaram-se equipes de Espíritos benfeitores para atender, na Terra, os trabalhadores envolvidos com a “cristianização das criaturas”.
No Capítulo 1 – Reminiscências e Reflexões, são apresentados valiosos comentários sobre a Terra e seu papel de “escola bendita e hospital de almas”, destacando que as tão temidas catástrofes naturais “exercem a função depuradora, convidando o pensamento às considerações em torno da Divina Justiça que encerra existências comprometidas, de maneira que não se tornem necessários para o seu refazimento moral os processos comuns dos desforços humanos de uns contra outros indivíduos”.
No Capítulo 2 – O Amigo de Jesus, o autor narra-nos a emocionante saga de Policarpo, mártir cristão “aprisionado no Norte da África, onde se celebrizara pelo verbo inflamado e pelas ações dignificantes de caridade e de amor”; enviado em ferros a Roma e atirado com a esposa e dois filhinhos às feras, juntamente com outros discípulos do Rabi.
Posteriormente, são relatadas várias experiências da intervenção dos Espíritos em favor de diversos trabalhadores da Seara Espírita, muitos dos quais em tarefas de resgate pelo envolvimento no episódio da Noite de São Bartolomeu, ocorrida em agosto de 1572, na França, onde milhares de protestantes foram mortos em nome da defesa da fé católica.
Destacamos o caso abordado nos capítulos 16 e 17: trata-se do médium Silvério, membro da equipe de Policarpo e operoso trabalhador de uma Associação Espírita que mantinha anexo um Lar de idosos e um hospital para atendimento de enfermos pobres. Silvério estava prestes a ser assassinado por Almério, ex-funcionário do complexo médico que fora demitido por vender drogas a alguns dos pacientes; os Espíritos benfeitores intervieram provocando um desmaio no vingador, evitando assim o crime por mérito do médium. Mais tarde, em desdobramento espiritual, Almério foi levado a uma sala cirúrgica no plano espiritual e esclarecido quanto aos seus vínculos com Silvério, que vinha desde várias encarnações; sendo-lhe também, retirada uma célula fotoelétrica que permitia que seres espirituais das Trevas o comandassem, à distância, nos ora frustrados intentos de interromper a tarefa do dedicado trabalhador de Jesus.
Por tais destacados aspectos e por outras consistentes reflexões que o autor transmite a partir de suas observações, assim como pelos ensinamentos dos Espíritos Superiores que protagonizaram os relatos, todos centrados nas límpidas fontes da Doutrina Espírita, recomendamos a leitura do presente livro, jóia de rara beleza que nos é presenteada em proveito de nossa aprendizagem, como valioso mapa de orientação aos viajores “entre os dois mundos” que somos todos nós.
Vera Regina de Sousa (Site da FEP)