das linhas telefônicas, de forma ininterrupta. E cada qual respondia de acordo com os preceitos e conceitos de sua religião.
Alguns, com a visão unicista. Outros, afirmando a existência das muitas vidas, ou seja, a reencarnação. Hora e meia passada, encerrou-se o programa. Nos bastidores, as despedidas, os comentários.Despedindo-se de um dos representantes, o espírita lhe ofereceu a mão e lhe desejou paz, enfatizando: Senhor, podemos pensar diferente em muitas questões religiosas. Contudo, em uma tenho certeza que ambos concordamos: o senhor e eu, ambos somos filhos de Deus.
Filhos de Deus! Já nos demos conta de que fomos criados pelo amor Divino e que somos filhos desse Ser onipotente, soberanamente justo e bom?
Filiação Divina! Foi Jesus que nos apresentou a Divindade como Seu Pai e nosso Pai. Pai de todos nós. Deus é Pai porque criou tudo e todos, estabelecendo que todos deverão "aprender a administrar tudo, ao longo das experiências evolutivas."
Deus é Pai porque faz questão de colocar Sua criação nas escolas dos Mundos, a fim de a retirar da ignorância e lhe abrir o entendimento a respeito de tudo que existe no Universo. Deus é Pai porque toma as lições aos Seus filhos, verificando a cada passo se os ensinamentos da vida abundante foram assimilados. Deus é Pai porque não pune. Antes, permite o resgate das faltas cometidas. Pelo exercício do livre arbítrio, dá a cada um a possibilidade de ser feliz ou desventurado, aprendendo a ser senhor do seu destino.
Deus é Pai porque renova os ensejos das realizações, permitindo o avanço gradual e contínuo dos Seus filhos, no rumo da vivência feliz que todos anelamos. Deus é Pai porque nos aconchega quando a frieza do Mundo nos vergasta a alma. Quando a lágrima e a dor nos visitam, nos conforta. Enfim, por nos equilibrar em cada momento da existência sobre o Mundo, seja de felicidade ou de tormenta. Deus é Pai porque nos enseja a capacitação nas aprendizagens mais específicas ou mais gerais.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. A paternidade de Deus, do Espírito José Lopes Neto, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.