Dia de Finados


A legislação em vigor, respeitosamente, declara o dia 2 de novembro feriado nacional, com a finalidade de que as pessoas possam prestar homenagens aos seus entes queridos já desencarnados. Como os espíritas naturalmente são questionados a respeito do assunto, traçamos aqui algumas considerações que achamos pertinentes.

O respeito instintivo do ser humano com os desencarnados demonstra uma intuição natural que as pessoas têm de sua vivência futura. Não faria nenhum sentido homenagear ou respeitar os "mortos", se, no fundo, o homem não acreditasse que aqueles seres queridos continuassem vivendo de alguma forma. Como a noção da imortalidade ainda é confusa para a maioria das pessoas, isso faz com que multidões se encaminhem para os cemitérios nesta data.

Visitar o túmulo é a exteriorização da lembrança, uma forma de manifestar a saudade, o carinho. Desde que realizada com boa intenção, sem se tornar uma obrigação social, ou uma ocasião de cobranças, desespero e acusações ao falecido, a visitação não é reprovável.

O Espiritismo ensina o respeito aos desencarnados, como dever de fraternidade; mas esclarece que os gestos de carinho não precisam ser somente em data exclusiva ou no cemitério, pois não é lá a morada eterna daqueles que já pereceram. É preciso entender que são nossas preces, ditadas pelo coração, que alcançam os espíritos, e estes a recebem com prazer e alegria, podendo até vir ao nosso encontro, dependendo da sua condição. Não importa o lugar, desde que seja feito com o coração.

Mas, alguém pode perguntar: como ficam os Espíritos esquecidos, cujos túmulos não são visitados? Isso depende muito do estado do Espírito. Muitos já reconhecem que a visita ao túmulo não é fundamental, por se sentirem amados. Outros, no entanto, comparecem aos cemitérios na esperança de encontrarem alguém a se lembrar deles, e se entristecem quando se vêem sozinhos.

Outro fato interessante é com relação ao túmulo. Somente os Espíritos ainda muito ligados à matéria dão alguma importância ao estado de conservação, enfeites, velas. Mas, mesmo estes, acabam percebendo a inutilidade em termos espirituais de tais detalhes. A forma como são cuidados os túmulos só tem algum sentido para os encarnados, que devem se precaver para não criar um estranho tipo de culto. Precisa-se ter a prudência de não transformar tal lugar em demonstrativo de ostentação de posses materiais.

Enfim, todos somos livres para exercermos nossas demonstrações de afeto aos que já se foram. Mas é interessante pensar aonde você preferiria ser convidado para uma recepção: num cemitério ou numa casa arejada com sentimentos de amor?

Geraldo Voltz Laps

Sou Geraldo, um entusiasta apaixonado por saúde holística e bem-estar integral. Sou Mestre em Reiki Celta, Usui e especialista em Fitoterapia Etérica, dedicando-me a compreender e explorar os benefícios terapêuticos das energias naturais e práticas ancestrais. Minha jornada de conhecimento estende-se para além da prática, abraçando também os estudos do Druidismo, onde encontrei uma conexão profunda com a natureza e seus ciclos, buscando aprender e aplicar seus princípios na vida diária. Como estudante em Psicologia Junguiana, mergulho nas profundezas da mente humana, explorando os mistérios do inconsciente e os símbolos que moldam nossa psique. Meu compromisso é compartilhar conhecimento, insights e experiências neste blog, buscando oferecer a você, leitor, ferramentas e entendimento para alcançar o equilíbrio entre mente, corpo e espírito. Juntos, vamos explorar os caminhos para uma vida mais plena e saudável, conectando-nos com nossa essência e com o universo ao nosso redor."

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