As curas, do ponto de vista espiritual, nada mais são que os milagres da fé pura e fervorosa. Gotas de água cristalina batendo na rocha dura dos erros do passado.
A realização do Congresso Médico-Espírita com a abordagem do tema Espiritualidade No Cuidado do Paciente, em maio de 2005 em São Paulo, mostrou que muitos médicos e cientistas já estão aceitando um novo conceito de saúde. Alguns ainda relutam em aceitar a realidade do espírito imortal, mas, aos poucos, a ciência vai admitindo que as práticas espirituais fazem bem ao organismo.
O crescimento dos estudos no Brasil e em países como os Estados Unidos e Canadá, sobre como a fé pode influenciar positivamente a saúde, se deve a observação clínica de um considerável número de médicos sobre os impactos da religiosidade na vida humana. Outro fator que tem sido levado em conta é a grande demanda de pacientes que vem buscando cada vez mais uma abordagem terapêutica que respeite e leve em conta o lado espiritual. Uma medicina que além de cuidar da doença física, se preocupe com a alma e suas dores.
A palestra apresentada pelo médico americano dr. Harold Koenig, durante o congresso, mostrou inúmeras pesquisas feitas no campo da ciência com relação à espiritualidade. O pesquisador é formado pela Universidade da Califórnia, com especializações em Geriatria, Psiquiatria e Bioestatística, além de diretor e fundador do Centro para a Espiritualidade, Teologia e Saúde da Universidade de Duke, na Carolina do Norte (EUA). Autor consagrado por abordar o assunto medicina e espiritualidade, já esteve no Brasil em outras ocasiões, como no 1 º Encontro Internacional de Ciência e Espiritualidade, em junho de 2003.
Dr. Koenig tem desenvolvido, desde a década de 1980, muitos estudos sobre a influência da religiosidade no estado físico e mental das pessoas. Esses dados confirmam que pessoas que oram regularmente e possuem práticas religiosas, apresentam melhor sistema imunológico, ou seja, adoecem menos, e quando doentes, superam melhor a enfermidade. Aponta também que pessoas com fé reduzem a incidência de doenças cardiovasculares, câncer, pressão alta, entre outros males, além do tempo de sobrevivência maior no caso de doenças graves, como câncer e HIV. “Todo esse processo acontece, porque a fé traz uma sensação de paz interior, refletindo no processo de saúde do organismo como um todo”, afirmou o médico durante o evento.
As pesquisas de dr. Harold, assim como de outros importantes médicos da AME (Associação Médico-Espírita), tem proporcionado maior abertura para as investigações sobre esse campo ainda ignorado por muitos cientistas. Muitas pesquisas mostram que a fé faz bem a saúde pelo fato dessas pessoas lidarem melhor com as dificuldades e suportarem com mais coragem as dores e o tratamento.
A abordagem médica
Apesar do assunto espiritualidade estar começando a ser inserido nas universidades, há uma grande dificuldade ainda na integração da religião com a ciência por parte dos profissionais da área de saúde. Outro ponto a ser ressaltado é que os médicos que atuam hoje não receberam treinamento na faculdade de como abordar fatores espirituais no tratamento. “Existe muita resistência baseada em crenças pessoais e preconceitos contra religião”, comentou dr. Koenig. Ele falou, também, que suas palestras nas universidades contam com um número maior de enfermeiras e assistentes sociais do que de médicos.
Embora alguns pacientes queiram que os médicos abordem a religião ou espiritualidade, outros preferem manter em separado; o médico deve sempre respeitar a opção, religiosa ou não, do paciente.
Deixou claro que os médicos podem falar com seus pacientes sobre o assunto, mas tendo sempre sensibilidade de como abordar a questão. O médico deve fazer um histórico espiritual do paciente, mas não pode forçar se o paciente não tiver nenhuma prática religiosa, caso contrário, sua atitude se torna antiética. A grande dúvida dos médicos é como abordar a questão caso não tenha preparação para tanto. “Quando o médico fala sobre religiosidade com seu paciente, aumenta o nível de confiança dessa relação”, refletiu.
Dr. Harold acredita que na medida em que novas pesquisas estiverem disponíveis, apresentando maiores provas concretas, os cursos que abordam a ligação da espiritualidade com a saúde farão cada vez mais parte da grade curricular dos cursos de medicina.
Estudos comprovam que a fé pode fazer bem a saúde e proporciona menos comportamentos autodestrutivos, tais como: suicídio, abuso de drogas e álcool e menos estresse. Outro dado relevante é que a oração, meditação e práticas religiosas modificam a produção de substâncias do cérebro que atuam sobre as emoções, e conseqüentemente, atingem o sistema imunológico. Uma tese realizada pelo psiquiatra Alexander Moreira sobre os médiuns espíritas, demonstrou que a incidência de depressão e transtornos de humor era menor do que na população em geral.
Todos esses argumentos positivos a respeito da fé têm levado muitas escolas de medicina a abrirem espaço para o debate do tema. Por outro lado, os médicos do V Congresso Médico-Espírita disseram que o fanatismo pode ter efeito negativo, pelo fato do paciente querer abandonar o tratamento médico por achar que só a fé pode curar, um erro que pode levá-lo a piora ou mesmo a morte. Afirmaram que o equilíbrio entre as necessidades do corpo e da alma pode ser o segredo da boa saúde.
A verdade é que as pesquisas avançam nessa área e aos poucos essas modificações estão atingindo a classe médica. Muitos profissionais da área de saúde não acreditam, ainda, no que os olhos não são capazes de ver e a ciência não comprova no momento, mas estão verificando o bem que a fé pode fazer para o organismo. Isso já é um bom começo.
Durante o Congresso, as médicas Andréa Rufino e Maria das Dores Teixeira disseram: “É importante conceituar que a medicina da alma atinge o campo energético e espiritual”.
O neurologista Mário Peres, também fez uma reflexão importante, dizendo que a espiritualidade pode auxiliar no entendimento da dor, e que ela deve ser vista como um sinalizador, um ganho evolutivo e não uma punição.“Deus promete a vida eterna e não a cura da dor, que é necessária para a conquista da humildade no ser humano”, afirmou.
Médico de almas
Nos recordamos da palestra do médium e orador Divaldo Pereira Franco que falou do tema: Jesus, o Médico das Almas no MEDNESP 2003 e emocionou o público. Durante o evento, salientou que Jesus é considerado o Médico das Almas, porque veio trazer a humanidade uma proposta sobre o verdadeiro processo da cura, não apenas a cura do corpo, mas do espírito.
Impossível falar sobre medicina da alma sem citarmos Jesus, cujas curas estão sendo investigadas pela ciência. Ele deixou, em suas passagens e mensagens de amor, a cura do espírito por meio da reforma interior, como a fórmula eficaz de combater a causa que se inicia na alma e se manifesta no corpo físico.
Muitos são os casos citados nos evangelhos sobre as curas de Jesus. A cura dos leprosos, dos cegos, de um paralítico, de uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos e tantas outras curas chamadas de milagres. Mas a doutrina espírita nos explica que esses fenômenos de cura são chamados de milagres pelo fato de serem ainda “inexplicáveis” para a ciência e aparentemente fugirem das leis naturais. Só a compreensão da existência do espírito e das oportunidades de evolução, por intermédio da lei da reencarnação, trazem as respostas para tantos questionamentos.
O capítulo XIII do livro A Gênese aborda claramente essa questão e vale a pena ser consultado. O item dois deste capítulo diz: “Os séculos de ignorância foram fecundos em milagres, porque tudo aquilo cuja causa era desconhecida, passava por sobrenatural”. O item dez prossegue, dizendo: “Para aqueles que negam a existência do princípio espiritual independente e, por conseguinte, o da alma individual e sobrevivente, toda a natureza está na matéria tangível; todos os fenômenos que se ligam à espiritualidade, são a seus olhos sobrenaturais, e, por conseguinte, quiméricos; não admitindo a causa, não podem admitir o efeito...”
Jesus alertou a todos quanto à justiça das aflições e sobre o poder da fé no processo de cura verdadeira. Ele nos disse que a fé transporta montanhas e somente ela pode nos curar: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível (São Mateus, cap. XVII. v. de 14 a 20).
Refletimos, portanto, que as curas, do ponto de vista espiritual, nada mais são que os milagres da fé pura e fervorosa. Gotas de água cristalina batendo na rocha dura dos erros do passado.
A realização do Congresso Médico-Espírita com a abordagem do tema Espiritualidade No Cuidado do Paciente, em maio de 2005 em São Paulo, mostrou que muitos médicos e cientistas já estão aceitando um novo conceito de saúde. Alguns ainda relutam em aceitar a realidade do espírito imortal, mas, aos poucos, a ciência vai admitindo que as práticas espirituais fazem bem ao organismo.
O crescimento dos estudos no Brasil e em países como os Estados Unidos e Canadá, sobre como a fé pode influenciar positivamente a saúde, se deve a observação clínica de um considerável número de médicos sobre os impactos da religiosidade na vida humana. Outro fator que tem sido levado em conta é a grande demanda de pacientes que vem buscando cada vez mais uma abordagem terapêutica que respeite e leve em conta o lado espiritual. Uma medicina que além de cuidar da doença física, se preocupe com a alma e suas dores.
A palestra apresentada pelo médico americano dr. Harold Koenig, durante o congresso, mostrou inúmeras pesquisas feitas no campo da ciência com relação à espiritualidade. O pesquisador é formado pela Universidade da Califórnia, com especializações em Geriatria, Psiquiatria e Bioestatística, além de diretor e fundador do Centro para a Espiritualidade, Teologia e Saúde da Universidade de Duke, na Carolina do Norte (EUA). Autor consagrado por abordar o assunto medicina e espiritualidade, já esteve no Brasil em outras ocasiões, como no 1 º Encontro Internacional de Ciência e Espiritualidade, em junho de 2003.
Dr. Koenig tem desenvolvido, desde a década de 1980, muitos estudos sobre a influência da religiosidade no estado físico e mental das pessoas. Esses dados confirmam que pessoas que oram regularmente e possuem práticas religiosas, apresentam melhor sistema imunológico, ou seja, adoecem menos, e quando doentes, superam melhor a enfermidade. Aponta também que pessoas com fé reduzem a incidência de doenças cardiovasculares, câncer, pressão alta, entre outros males, além do tempo de sobrevivência maior no caso de doenças graves, como câncer e HIV. “Todo esse processo acontece, porque a fé traz uma sensação de paz interior, refletindo no processo de saúde do organismo como um todo”, afirmou o médico durante o evento.
As pesquisas de dr. Harold, assim como de outros importantes médicos da AME (Associação Médico-Espírita), tem proporcionado maior abertura para as investigações sobre esse campo ainda ignorado por muitos cientistas. Muitas pesquisas mostram que a fé faz bem a saúde pelo fato dessas pessoas lidarem melhor com as dificuldades e suportarem com mais coragem as dores e o tratamento.
A abordagem médica
Apesar do assunto espiritualidade estar começando a ser inserido nas universidades, há uma grande dificuldade ainda na integração da religião com a ciência por parte dos profissionais da área de saúde. Outro ponto a ser ressaltado é que os médicos que atuam hoje não receberam treinamento na faculdade de como abordar fatores espirituais no tratamento. “Existe muita resistência baseada em crenças pessoais e preconceitos contra religião”, comentou dr. Koenig. Ele falou, também, que suas palestras nas universidades contam com um número maior de enfermeiras e assistentes sociais do que de médicos.
Embora alguns pacientes queiram que os médicos abordem a religião ou espiritualidade, outros preferem manter em separado; o médico deve sempre respeitar a opção, religiosa ou não, do paciente.
Deixou claro que os médicos podem falar com seus pacientes sobre o assunto, mas tendo sempre sensibilidade de como abordar a questão. O médico deve fazer um histórico espiritual do paciente, mas não pode forçar se o paciente não tiver nenhuma prática religiosa, caso contrário, sua atitude se torna antiética. A grande dúvida dos médicos é como abordar a questão caso não tenha preparação para tanto. “Quando o médico fala sobre religiosidade com seu paciente, aumenta o nível de confiança dessa relação”, refletiu.
Dr. Harold acredita que na medida em que novas pesquisas estiverem disponíveis, apresentando maiores provas concretas, os cursos que abordam a ligação da espiritualidade com a saúde farão cada vez mais parte da grade curricular dos cursos de medicina.
Estudos comprovam que a fé pode fazer bem a saúde e proporciona menos comportamentos autodestrutivos, tais como: suicídio, abuso de drogas e álcool e menos estresse. Outro dado relevante é que a oração, meditação e práticas religiosas modificam a produção de substâncias do cérebro que atuam sobre as emoções, e conseqüentemente, atingem o sistema imunológico. Uma tese realizada pelo psiquiatra Alexander Moreira sobre os médiuns espíritas, demonstrou que a incidência de depressão e transtornos de humor era menor do que na população em geral.
Todos esses argumentos positivos a respeito da fé têm levado muitas escolas de medicina a abrirem espaço para o debate do tema. Por outro lado, os médicos do V Congresso Médico-Espírita disseram que o fanatismo pode ter efeito negativo, pelo fato do paciente querer abandonar o tratamento médico por achar que só a fé pode curar, um erro que pode levá-lo a piora ou mesmo a morte. Afirmaram que o equilíbrio entre as necessidades do corpo e da alma pode ser o segredo da boa saúde.
A verdade é que as pesquisas avançam nessa área e aos poucos essas modificações estão atingindo a classe médica. Muitos profissionais da área de saúde não acreditam, ainda, no que os olhos não são capazes de ver e a ciência não comprova no momento, mas estão verificando o bem que a fé pode fazer para o organismo. Isso já é um bom começo.
Durante o Congresso, as médicas Andréa Rufino e Maria das Dores Teixeira disseram: “É importante conceituar que a medicina da alma atinge o campo energético e espiritual”.
O neurologista Mário Peres, também fez uma reflexão importante, dizendo que a espiritualidade pode auxiliar no entendimento da dor, e que ela deve ser vista como um sinalizador, um ganho evolutivo e não uma punição.“Deus promete a vida eterna e não a cura da dor, que é necessária para a conquista da humildade no ser humano”, afirmou.
Médico de almas
Nos recordamos da palestra do médium e orador Divaldo Pereira Franco que falou do tema: Jesus, o Médico das Almas no MEDNESP 2003 e emocionou o público. Durante o evento, salientou que Jesus é considerado o Médico das Almas, porque veio trazer a humanidade uma proposta sobre o verdadeiro processo da cura, não apenas a cura do corpo, mas do espírito.
Impossível falar sobre medicina da alma sem citarmos Jesus, cujas curas estão sendo investigadas pela ciência. Ele deixou, em suas passagens e mensagens de amor, a cura do espírito por meio da reforma interior, como a fórmula eficaz de combater a causa que se inicia na alma e se manifesta no corpo físico.
Muitos são os casos citados nos evangelhos sobre as curas de Jesus. A cura dos leprosos, dos cegos, de um paralítico, de uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos e tantas outras curas chamadas de milagres. Mas a doutrina espírita nos explica que esses fenômenos de cura são chamados de milagres pelo fato de serem ainda “inexplicáveis” para a ciência e aparentemente fugirem das leis naturais. Só a compreensão da existência do espírito e das oportunidades de evolução, por intermédio da lei da reencarnação, trazem as respostas para tantos questionamentos.
O capítulo XIII do livro A Gênese aborda claramente essa questão e vale a pena ser consultado. O item dois deste capítulo diz: “Os séculos de ignorância foram fecundos em milagres, porque tudo aquilo cuja causa era desconhecida, passava por sobrenatural”. O item dez prossegue, dizendo: “Para aqueles que negam a existência do princípio espiritual independente e, por conseguinte, o da alma individual e sobrevivente, toda a natureza está na matéria tangível; todos os fenômenos que se ligam à espiritualidade, são a seus olhos sobrenaturais, e, por conseguinte, quiméricos; não admitindo a causa, não podem admitir o efeito...”
Jesus alertou a todos quanto à justiça das aflições e sobre o poder da fé no processo de cura verdadeira. Ele nos disse que a fé transporta montanhas e somente ela pode nos curar: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível (São Mateus, cap. XVII. v. de 14 a 20).
Refletimos, portanto, que as curas, do ponto de vista espiritual, nada mais são que os milagres da fé pura e fervorosa. Gotas de água cristalina batendo na rocha dura dos erros do passado.
Matéria publicada na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 35.
Tags:
Artigos Espíritas