Por Cornélio Pires
Você quer informação,
Meu caro Luiz Lamego,
Do que se sabe no Além,
Quanto aos problemas do apego.
Apego cria na gente
Muita luta e compromisso
Que o verbo ao nosso dispor
Quase nada conta disso.
Por força da Lei de Deus,
Sempre clara e benfazeja,
Cada qual acha no tempo
Aquilo que mais deseja.
Agarramento no mundo,
Na vista, uma cousa à-toa,
Parece uma corda grossa
Que prende qualquer pessoa.
Posso dizer a você:
Nesse laço estranho e forte,
Temos amigos em monte
Lutando depois da morte.
Você recorda Nhô Juca,
O sovina de Água Raza
Depois de morto, deitou-se
No cofre da própria casa.
Nhô Chico viveu rondando
O antigo sítio da Penha,
Desencarnado, prossegue
Vigiando chão e lenha.
A moça do garfo grande,
Maricotinha Donato,
Sem corpo, só pensa nisto:
— Leitoa, galeto e pato.
Antonico da Caneca,
No Além, inda bebe e xinga,
Se o vejo é sempre escornado,
Junto à garrafa de pinga.
Outra que anda no copo,
Dona Augusta, da Água Bela,
Fora do corpo, procura
Quem queira beber com ela.
Conrado era da calúnia,
Nunca se soube porque,
Sem corpo vive escrevendo
Infâmias que ninguém lê.
Cultivava inveja e ódio
Nhô Tino do Sapecado,
No Além, parece uma bomba
Que todos deixam de lado.
Sempre fugiu do trabalho
O nosso caro Elentério,
Morreu, mas vive em descanso
Dormindo no cemitério.
Negociante usurário,
Desencarnado, Nhô Bem,
Conserva o punho agarrado
Na gaveta do armazém.
Guilhermino que morreu
De namorico e paquera
Vive agora atrás das moças,
Nem vê que o caso já era.
Pensem nisto, enquanto é tempo,
Apego, caro Luiz,
É o modo que o mundo encontra
De se fazer infeliz.
Educação e serviço
Indicam a paz segura,
Toda pessoa na vida
Tem aquilo que procura.
Pode crer. Depois da morte,
Quanto ao seu próprio lugar,
Aquilo que você busque
É a nota que vai contar!...
Poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, constante do cap. 20 do livro Retratos da Vida.
Fonte: O Consolador
Você quer informação,
Meu caro Luiz Lamego,
Do que se sabe no Além,
Quanto aos problemas do apego.
Apego cria na gente
Muita luta e compromisso
Que o verbo ao nosso dispor
Quase nada conta disso.
Por força da Lei de Deus,
Sempre clara e benfazeja,
Cada qual acha no tempo
Aquilo que mais deseja.
Agarramento no mundo,
Na vista, uma cousa à-toa,
Parece uma corda grossa
Que prende qualquer pessoa.
Posso dizer a você:
Nesse laço estranho e forte,
Temos amigos em monte
Lutando depois da morte.
Você recorda Nhô Juca,
O sovina de Água Raza
Depois de morto, deitou-se
No cofre da própria casa.
Nhô Chico viveu rondando
O antigo sítio da Penha,
Desencarnado, prossegue
Vigiando chão e lenha.
A moça do garfo grande,
Maricotinha Donato,
Sem corpo, só pensa nisto:
— Leitoa, galeto e pato.
Antonico da Caneca,
No Além, inda bebe e xinga,
Se o vejo é sempre escornado,
Junto à garrafa de pinga.
Outra que anda no copo,
Dona Augusta, da Água Bela,
Fora do corpo, procura
Quem queira beber com ela.
Conrado era da calúnia,
Nunca se soube porque,
Sem corpo vive escrevendo
Infâmias que ninguém lê.
Cultivava inveja e ódio
Nhô Tino do Sapecado,
No Além, parece uma bomba
Que todos deixam de lado.
Sempre fugiu do trabalho
O nosso caro Elentério,
Morreu, mas vive em descanso
Dormindo no cemitério.
Negociante usurário,
Desencarnado, Nhô Bem,
Conserva o punho agarrado
Na gaveta do armazém.
Guilhermino que morreu
De namorico e paquera
Vive agora atrás das moças,
Nem vê que o caso já era.
Pensem nisto, enquanto é tempo,
Apego, caro Luiz,
É o modo que o mundo encontra
De se fazer infeliz.
Educação e serviço
Indicam a paz segura,
Toda pessoa na vida
Tem aquilo que procura.
Pode crer. Depois da morte,
Quanto ao seu próprio lugar,
Aquilo que você busque
É a nota que vai contar!...
Poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, constante do cap. 20 do livro Retratos da Vida.
Fonte: O Consolador
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