O amor é cego?


A notícia, em determinado periódico eletrônico, apresentou um conhecimento muito interessante.

Dizia que cientistas britânicos concluíram que os sentimentos amorosos podem levar à supressão da atividade nas áreas do cérebro que controlam o pensamento crítico.

A investigação dos especialistas londrinos demonstra que, quando ficamos mais próximos de uma pessoa, o cérebro decide que a necessidade de avaliar o seu caráter e personalidade é menor.

Os sentimentos suprimem a atividade neurológica relacionada com a avaliação social crítica dos outros e as emoções negativas.

O fenômeno acontece não só no amor romântico, mas também no amor maternal.

A equipe de pesquisadores analisou a atividade cerebral de 20 jovens mães quando viam fotos de seus filhos, de crianças que conheciam e de amigos adultos.

Os padrões de atividade cerebral registrados foram muito parecidos aos já identificados no estudo relativo aos efeitos do amor romântico.

O que surpreendeu os estudiosos, em ambas análises, foi a revelação de que há redução dos níveis de atividade nos sistemas necessários para fazer julgamentos negativos.

Um fenômeno muito importante, indicam os especialistas, já que tanto o amor romântico como o amor maternal são vitais para a perpetuação da espécie humana.

*   *   *

Existe lente mais bela e segura para nossos olhos, do que a lente do amor?

Diz-se que o amor é cego... Eis um grande engano, pois vamos percebendo com o tempo que, em verdade, cegos somos nós com nossos rótulos, com nossos pré-julgamentos e preconceitos.

O amor sempre enxergou bem. Nós não sabíamos.

O amor enxerga com os olhos de Deus, através dos olhos da realidade espiritual da vida, e não com as lentes pobres do mundo.

Que importância tem as imagens exteriores, para quem ama?

Somente os materialistas - que se perdem seguidamente neste mundo - dão tanto valor às embalagens, às aparências.

Que direito temos nós de fazer comentários como: Não sei como ela, tão bela, se apaixonou por alguém assim, tão normal ou desajeitado - referindo-se à beleza exterior.

Se tais questões ainda nos surpreendem, ainda nos incomodam, é sinal que ainda não conhecemos o amor e sua visão pura.

Temos esta visão límpida quando nossos filhos nascem, enrugados, feinhos por vezes, e nós, os pais, só enxergamos beleza, encanto.

Que visão é essa senão a do amor?

Nesse momento, a explicação do sentir poderia ser:

Diante da beleza de uma nova vida, que veio através de mim, que tem a minha genética, como poderia encontrar algo feio ou desagradável aos olhos?

Se esse fosse sempre nosso ponto de partida, analisaríamos a vida de forma diversa.

Que importa se não temos os padrões de beleza atuais, se temos vida em abundância por dentro, se amamos, se somos pessoas de bem?

Que importância teria a beleza exterior de um Chico Xavier, de um Gandhi, de uma Madre Teresa?

Certamente são almas belíssimas, de uma beleza que fica, que não envelhece, que não adoece.

Dessa forma, pensemos na beleza de nosso coração, na alegria de viver, nos olhos acesos pelo amor.

O amor enxerga, sim, muito bem...


Redação do Momento Espírita, com base em reportagem do jornal português Diário digital de 14.06.2004.
Geraldo Voltz Laps

Sou Geraldo, um entusiasta apaixonado por saúde holística e bem-estar integral. Sou Mestre em Reiki Celta, Usui e especialista em Fitoterapia Etérica, dedicando-me a compreender e explorar os benefícios terapêuticos das energias naturais e práticas ancestrais. Minha jornada de conhecimento estende-se para além da prática, abraçando também os estudos do Druidismo, onde encontrei uma conexão profunda com a natureza e seus ciclos, buscando aprender e aplicar seus princípios na vida diária. Como estudante em Psicologia Junguiana, mergulho nas profundezas da mente humana, explorando os mistérios do inconsciente e os símbolos que moldam nossa psique. Meu compromisso é compartilhar conhecimento, insights e experiências neste blog, buscando oferecer a você, leitor, ferramentas e entendimento para alcançar o equilíbrio entre mente, corpo e espírito. Juntos, vamos explorar os caminhos para uma vida mais plena e saudável, conectando-nos com nossa essência e com o universo ao nosso redor."

3 Comentários

  1. Geraldo,

    Belíssimo texto meu amigo.

    O amor não é cego não, pois o verdadeiro amor, aquele que enxerga além das aparências, é sublime, incondicional, sem apegos.

    Como diz o dito popular: Quem ama o feio, bonito lhe parece.

    E quando amamos alguém, seja um filho, um pai, uma mãe, um homem, uma mulher... Não importa o tipo de pessoa que amamos, mas o tipo de amor que cultivamos por aquela pessoa.

    Adorei!

    Bjs.

    Rosana.

    ResponderExcluir
  2. Se enxergássemos as coisas e as pessoas com os olhos de Deus , veríamos somente o belo e viveríamos em um mar de rosas no jardim do amor universal.
    Parabéns pelo post.
    João

    ResponderExcluir
  3. O amor pode até não ser cego, mas, tem muitas paixões que cegam, deixam as pessoas bobas e ignorantes.

    ResponderExcluir
Postagem Anterior Próxima Postagem