Quem é o Espírito de Verdade?

Quem nunca ouviu falar sobre o Espírito de Verdade? Este termo aparece diversas vezes nas obras básicas da codificação espírita, sendo citado ou assinando mensagens, comunicações.

Apesar de não existir qualquer garantia de que se trate de um mesmo espírito. Em algumas delas, às quais Allan Kardec pede ponderação, insinua-se ser o próprio Cristo.


Espírito de Verdade e Allan Kardec


No período em que estava pesquisando e estudando sobre a Revelação Espírita (fato este que originou o espiritismo), Allan Kardec foi apresentado a um Espírito Familiar, durante uma sessão mediúnica realizada na casa da Família Baudin.

Confira o diálogo que foi realizado no dia 25 de março de 1856, e que está presenta na 2ª parte do livro Obras Póstumas:

Kardec: Meu Espírito familiar, quem quer que seja, agradeço-te por ter vindo me visitar. Consentirá em me dizer quem tu és?

Resposta: “Para ti, eu me chamarei A Verdade e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.”

Kardec: O nome Verdade, por ti adotado, constitui uma alusão à verdade que eu procuro?

Resposta: “Talvez; pelo menos, é um guia que te protegerá e ajudará.”

Kardec: Terá animado na Terra algum personagem conhecido?

Resposta: “Já te disse que, para ti, sou a Verdade; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberá a respeito.”

Kardec: Disse-me que será para mim um guia, que me ajudará e protegerá. Compreendo essa proteção e o seu objetivo, dentro de certa ordem de coisas; mas, poderia me dizer se essa proteção também alcança as coisas materiais da vida?

Resposta: “Nesse mundo, a vida material é muito importante para se levar em conta; não te ajudar a viver seria não te amar.”

A partir disso, tendo conhecimento de que sua missão era empreender, ou seja, codificar a doutrina espírita. Kardec, logo reconheceu que a assistência do Espírito de Verdade, era boa, dizendo:

“De fato, a proteção desse Espírito — cuja superioridade eu então estava longe de imaginar — jamais me faltou. A sua solicitude e a dos bons Espíritos que agiam sob suas ordens, se manifestou em todas as circunstâncias da minha vida, seja a me remover dificuldades materiais, seja a me facilitar a execução dos meus trabalhos, seja, enfim, a me preservar dos efeitos da malignidade dos meus opositores, que foram sempre reduzidos à impotência. Se não era possível evitar as tribulações inerentes à missão que me cumpria desempenhar, elas foram sempre suavizadas e largamente compensadas por muitas satisfações morais gratíssimas.”

Espírito de Verdade nas obras básicas da codificação


Em O Livro dos Espíritos, entre os nomes famosos que assinam o prefácio está o nome “O Espírito de Verdade”.

No Livro dos Médiuns, Kardec menciona “Espírito de Verdade” fazendo uma comparação com Cristo:

“Quando lhes contestamos com os fatos de identidade — que confirmam a presença de parentes ou conhecidos dos circunstantes por meio de manifestações escritas, visuais, ou outras —, eles respondem que é sempre o mesmo Espírito, o diabo, segundo aqueles, o Cristo, segundo estes, que toma todas as formas. 

Porém, não nos dizem por que motivo os outros Espíritos não se podem comunicar, com que fim o Espírito de Verdade nos viria enganar, apresentando-se sob falsas aparências, iludir uma pobre mãe, fazendo-lhe crer que tem ao seu lado o filho por quem derrama lágrimas. A razão se nega a admitir que o Espírito Santo entre todos desça a representar semelhante comédia. 

Demais, negar a possibilidade de qualquer outra comunicação não importa em subtrair ao Espiritismo o que este tem de mais suave: a consolação dos aflitos? Digamos pura e simplesmente que tal sistema é irracional e não suporta exame sério.”

Evangelho Segundo o Espiritismo


Já em O Evangelho Segundo o Espiritismo, o prefácio é assinado inteiramente por ele. E ainda, no capítulo 6, há algumas mensagens a respeito do Espírito de Verdade, além de lindas mensagens:

“Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis.”

Centro Espírita Luz da Esperança

Blog do Centro Espírita Luz da Esperança de São Francisco de Assis. Atendimentos a luz da doutrina de Allan Kardec, localizado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil.

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