Perda de Pessoas Amadas – Mortes Prematuras

Perguntas e Respostas:


1- Porque, mesmo conhecendo a vida após a morte, muitos ainda se apegam tanto aos entes amados, não aceitando o desencarne?

R: Porque detém-se na teoria. Modifica o conhecimento, mas não vive o conhecimento Aos espíritas, cabe o desafio de modificar essa situação aprendendo a viver como espíritos, e, como tal, sentindo a morte no seu verdadeiro aspecto.

2- O apego excessivo aos entes queridos pode prejudicar o processo de desligamento do espírito do corpo físico?

R: Sem dúvida nenhuma! Os espíritos até nos exemplificam com casos na literatura espírita em que há necessidade de se afastar o pai ou a mãe, por exemplo, para que o filho agonizante consiga desencarnar. É aquela famosa “melhora da morte”, quando o doente melhora e os entes queridos se afastam para tomarem um cafezinho, um banho e o doente desencarna.

3- Como as pessoas podem vencer o sentimento de perda quando do desencarne de uma pessoa muito querida?

R: Em primeiro lugar considerar que nunca existe perda. A morte do corpo físico jamais separa os que se amam. É preciso que entendamos que não somos daqui. Os que morrem no corpo físico apenas nos antecedem no mundo espiritual para onde todos vamos. O que precisa acontecer é que este conhecimento saia da teoria para a prática. É preciso que nos conscientizemos de que somos espíritos. E não corpos físicos. Com essa certeza, iremos, gradativamente, vencendo a nossa ignorância sobre leis de Deus.

4- O apego aos pertences do ente querido que acaba de desencarnar também pode interferir processo de desligamento do espírito do corpo físico?

R: Sim. Vou lhe contar uma a experiência pessoal. Quando meu sogro desencarnou, meu marido deu todos os seus pertences para um bazar espírita com o aval de sua mãe, naturalmente. Uma noite, sonhei que ele me dizia: “Nara, diga a minha esposa que dê aquele terno para o irmão dela ou para quem ela quiser, porque ele está me incomodando. Na manhã seguinte, contei a meu marido, que me respondeu: “Não tem nenhum terno lá, já dei todos, ao que respondi: "Mesmo assim, vou dar o recado a sua mãe, pois foi isso que ele pediu”. Dei o recado a minha sogra, que começou a chorar. Ela, sem que ninguém soubesse, havia escondido o último terno que o marido usara e que guardava o perfume do marido. Ela abraçava o terno e chorava escondida todos os dias. A partir de então, deu o terno. Detalhe: ela era muito católica. Era…

5- Quando oramos pelos que amamos e estão nos planos espirituais da existência, eles ouvem ou sentem a nossa prece?

R: Quando somos espíritos desencarnados, não ouvimos com os ouvidos, ouvimos com toda a alma. Em outras palavras, isso significa que “sentimos” as mensagens que vêm do mundo material para nós.

6 – A partir de quanto tempo apos o desencarne podemos ter noticias, via mediunidade, de nossos entes queridos que se foram para o plano espiritual ?

R: Depende do nível do espírito. Herculano Pires, por exemplo, deu ele próprio a notícia de seu desencarne para sua família e seus amigos que estavam em uma reunião espírita antes mesmo que os médicos da Terra conseguissem fazê-lo.

7- Podemos encontrar com os nossos entes queridos e ter noticias sem ser por via da mediunidade?

R: Podemos ter através dos sonhos e, atualmente, via transcomunicação, que ainda está em pleno processo de desenvolvimento. Acredito, entretanto, que a mediunidade está sempre envolvida

8- Certa vez, durante uma sessão de desobsessão, ouvi o depoimento de um espírito, que me impressionou muito: Ele sentia a necessidade de deixar a casa, mas não conseguia porque os familiares que ali estavam, o chamavam constantemente, solicitando uma série de pedidos, que ele (o espírito), sabia não ter condições de atender, o que o deixava muito angustiado. Você poderia nos falar um pouco sobre a responsabilidade do encarnado, diante do desencarnado.

R: Responsabilidade do encarnado para com o desencarnado? É enorme! Muitas vezes, como no caso que você citou, o encarnado transforma-se em verdadeiro obsessor do desencarnado que se sente dominado pelas vibrações dos que ficaram. Isso prova que somos espíritos. Mesmo encarnados, podemos exercer influência sobre os desencarnados.

9- Como poderemos ter a certeza que um ente querido que se foi esta realmente bem?

R: Isso é difícil. Podemos fazer uma análise pela vida que ele levou, se não tivermos nenhuma mensagem dele para que nos tranqüilizemos, recordemo-nos de que todos somos filhos de Deus. Oremos por ele, e, mais importante: façamos caridade em homenagem a ele. E nos sentiremos bem.

10- O que eu posso fazer pelo meu irmão que se suicidou há pouco tempo?

R: Ore e trabalhe pelo bem em nome dele. Faça caridade em nome dele. Lembre-se do que ele gostava, se era de criança, se era de música, se era de idosos, se era de plantas, o que for. E desenvolva um trabalho espiritual envolvendo esses temas. Mas, antes de tudo, creia, minha irmã, a bondade do Pai se faz sempre presente. Jesus nos avisou que jamais haveria uma só ovelha que se perdesse do seu rebanho. Trabalhe no bem, ore, confie e a mensagem do amor envolverá o seu irmão onde ele estiver, revelando-lhe as inúmeras oportunidades que Deus sempre dá a todos os seus filhos. Paz no seu coração.

11- Estas recomendações valem em qualquer situação de perdas de pessoas amadas?

R: Em qualquer situação. A caridade é como uma onda de amor que nos envolve e aos desencarnados a quem amamos, consolando-nos, fortalecendo-nos e auxiliando-nos no progresso de que necessitamos.

12- O que dizer a uma pessoa que passa por esta situação? E quando a pessoa justifica que não conhecemos esta dor?

R: Em primeiro lugar, caridade para com essa resposta que revela rebeldia. Podemos dizer que estamos oferecendo o que temos de melhor, o que nos faz bem, o que nos consola, o que fala ao nosso coração e à nossa razão. Mas, cabe a ele utiliza-la ou não. É questão de livre-arbítrio.

13- Porque acontecem mortes prematuras?

R: As mortes só são prematuras sob nosso ponto de vista material. Elas ocorrem sempre no tempo aprazado, exceto os suicídios diretos e indiretos. Vivemos o tempo que precisamos dentro das nossas necessidades evolutivas e segundo a lei de causa e efeito.

Por Nara Coelho, do Portal do Espirito
Centro Espírita Luz da Esperança

Blog do Centro Espírita Luz da Esperança de São Francisco de Assis. Atendimentos a luz da doutrina de Allan Kardec, localizado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil.

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