
O pensamento é um atributo do Espírito. A possibilidade de agir sobre a matéria, de impressionarem os nossos sentidos, e portanto de transmitir-nos o seu pensamento é uma conseqüência, podemos dizer, da sua própria constituição fisiológica. Não há, pois, nesse fato, nada de sobrenatural, nada de maravilhoso.(1) Mas que um homem morto e bem morto possa ressuscitar corporalmente, que os seus membros dispersos se reúnam para restabelecer-lhe o corpo, eis o que é maravilhoso, sobrenatural, fantástico. Isso, sim, seria uma verdadeira derrogação, que Deus só poderia fazer através de um milagre. Mas não há nada de semelhante na Doutrina Espírita.
(1) A parapsicologia confirma hoje, cientificamente, através de pesquisas de laboratório, a naturalidade desses fenômenos.