Segundo Dalgalarrondo (2009) ¹, é consenso em diferente áreas das ciências sociais e da saúde que a religião consiste em uma instância imprescindível de significação e ordenação da vida, de suas fases e sofrimentos, sendo portanto, considerada fundamental em momentos impactantes na vida de um indivíduo.
Por esse motivo, ela pode ser considerada um objeto privilegiado na interlocução com a saúde e os transtornos mentais. Alguns dos artigos encontrados relatam a influência das crenças religiosas no modo como as pessoas em sofrimento psíquico lidam com situações de sofrimento, estresse e até mesmo condições vitais.
Nessa perspectiva, esses trabalhos investigam as questões de religiosidade como parte integrante na manutenção da saúde mental e da compreensão dos delírios, proporcionando ao paciente maior autoconfiança, crença na melhora, aceitação dos problemas e firmeza no processo de autoconhecer e buscar melhora na qualidade de vida. Porém esses artigos também destacam o perigo dos excessos da religião interpretada de modo acrítico e que acaba por despertar problemas psíquicos.
O Que acontece com nosso corpo durante uma anestesia? | Dr. Sergio Felipe de Oliveira
