“Galia est omnia divisa im partes três, quorum ipsorum lingua Celtae nostre Galia apelantur “.
O espírito das Gálias, por tantas vezes abatido e destruído, eclipsado e morto como foi pelos romanos; tantas e tantas outras vezes tem se levantado desta morte aparente, levando ao mundo parte das luzes do próprio espírito do globo.
A cada vez que foi sufocado ressurgiu com mais força.
A cada vez que foi combatido e dominado, se impôs através da sua superioridade espiritual.
O espírito dasGálias nos trouxe mesmo antes das civilizações que conhecemos as primeiras noções de espiritualidade, através do equilíbrio do homem com o seu habitat, a floresta.
Os chamados bárbaros, celtas antigos, apresentavam já um conhecimento espiritual superior ao do romano que o aniquilou do ponto de vista material.
O espírito Celta renasceu como já tinha renascido antes.
Pela idade média se manifestou através de Joana d’Arc num evidente afloramento do que estava guardado.
Novamente se manifestou ao mundo pelas ideias liberais da revolução francesa, onde encontramos os ideais de liberdade transbordando além da própria Gália.
De novo o espírito Gaulês se manifesta através de Alan Kardec, trazendo ao mundo a codificação espírita. Mais uma vez se ressurgindo contra o estado de coisas para qual o mundo se encaminhava.
Atualmente vemos o espírito das Gálias de novo se manifestando já com o seu sentido universal noutros cantos do mundo.
É neste Novo Mundo, neste novo continente que iremos ver a nova manifestação do espírito das Gálias. Precisamente nesta terra de Santa Cruz é que se esboça um povo de paz e de equilíbrio simples e pacato, temente a Deus e valente na sua simplicidade. Capaz de com seu coração imenso e através de seu espírito voltado para a fraternidade e para o mundo, manifestar novamente o espírito das Gálias.
Desta vez com o exemplo de um povo que há de encontrar o seu equilíbrio da matéria com o espírito, e há de se sobrepor a todas as manifestações de cataclismos por que terá de passar a humanidade neste final de época.
É pela volta à natureza e reintegração do homem na natureza que teremos o equilíbrio de que estamos necessitados.
Reintegrar na natureza não quer dizer abandonar o progresso científico e tecnológico é sim integrá-lo à natureza, adaptando nossas vidas aos ciclos naturais, adaptando o nosso progresso material à nossa indigência espiritual.
A natureza é equilíbrio, porque é pura em sua manifestação.
Assim o espírito Celta, o espírito das florestas das Gálias, pelo desaparecimento destas florestas se transporta para as florestas do Brasil. Que há de ser a pátria do futuro, pela manifestação do espírito Celta, que é um dos Cristos.
Planetários que nunca se materializou num indivíduo, mas que tem amparado tantas vezes esta nossa pobre e indigente humanidade.