"O Principie Galitzin, o Marquês de B..., o Conde R... estavam reunidos no verão de 1862, nas águas de Hamburgo"
Uma noite, depois de haverem jantado muito tarde, passeavam eles no parque do cassino, quando perceberam uma pobre deitada num banco. Depois de se lhe aproximarem e interrogarem, convidaram-na a vir cear no hotel. Ela comeu com grande apetite, e, pouco depois, Galitzin, que era magnetizador, adormeceu-a. Qual não foi, porém, o espanto das pessoas presentes, quando profundamente adormecida, aquela que, na véspera só se exprimia em mau dialeto alemão, pôs-se a falar muito corretamente em francês, contando que, por punição, havia encarnado pobremente em vista de haver cometido um crime em sua vida precedente, no século XVIII. Habitava, então, um castelo na Bretanha, à borda do mar, no alto de um rochedo. Com grande precisão designou o lugar do crime.
Graças a essas indicações, o Príncipe Galitzin e o Marquês de B... puderam, mais tarde, e, separadamente, entregar-se a dois inquéritos, cujo resultado foi idêntico."
Dois velhos camponeses, entre as inúmeras criaturas entrevistadas, afirmaram se lembrar de que seus pais contavam que uma jovem e bela cortesã fizera perecer o esposo, jogando-o no mar.
Fonte: Correio Fraterno do ABC.
Evangelho e Ação – Maio de 1999