Infalibilidade
Filhos,
não vos considereis criaturas isentas de erros, para que a compaixão vos
inspire na apreciação da conduta alheia.
Todos, a
qualquer momento, poderemos cair, equivocados.
Em sua
maioria, os adeptos da Doutrina estão longe de ser os missionários que se
imaginam, ou que companheiros desavisados os supõem nas tarefas em que se
redimem.
Não vos
consintais a idolatria e nem provoqueis elogios a vosso respeito, suscitando
ilusões que muito vos haverão de custar.
Esquecei
o passado e, sob qualquer hipótese ou pretexto, fugi de rememorá-lo,
principalmente no que tange às vossas ligações afetivas do pretérito.
O
esquecimento das vidas que se foram representa uma das maiores dádivas da Lei
Divina para o espírito na reencarnação.
Observai
as vossas tendências e inclinações no presente e tereis uma ideia aproximada do
que fostes e do que fizestes outrora.
Se
reparardes um companheiro em queda, em vez de injuriá-lo, procurai socorrê-lo
para que se levante e prossiga no desempenho das obrigações que lhe pesam.
Quem
escarnece da Humanidade, escarnece de si mesmo; quem apedreja o pecador, lança
pedras sobre a sua própria imagem...
Feliz de
quem já sabe reconsiderar o caminho percorrido e, se necessário, alterar o
curso da caminhada.
Quase
sempre, os erros que identificais nos outros vos servem apenas de justificativa
para os erros que cometestes ou pretendeis cometer,..
Não
contemporizeis com o mal que subsiste em vós. Dos outros procurai, única e tão-somente,
imitar o que for bom.
Pretender
a infalibilidade, vossa ou do próximo, na atual conjuntura evolutiva do
espírito humano no Planeta, seria pretender o inexequível.
Filhos,
compadecei-vos uns dos outros e não fomenteis discórdias entre vós.
Cada qual
se encontra estagiando em um degrau especifico da simbólica escada do
conhecimento espiritual, de que as mais diversas religiões não passam de
simples representantes na Terra.
Extraído da obra A Coragem da Fé, Bezerra de Menezes/ Carlos A. Baccelli.