Marte, o planeta vermelho

A busca de argumentos para amparar a justificativa de existência da pluralidade dos mundos habitados passa pela consciência da vastidão do universo e do incontável número de planetas, sistemas solares e milhares de galáxias existentes. Ciências como a Astronomia e a Astrofísica evidenciam um universo que abriga infinitas possibilidades de vida, desprivilegiando nossa humanidade como exceção dentro das leis naturais ou divinas.

O Espiritismo, doutrina que oferece inúmeras obras de consulta, tem também a mediunidade como fonte de esclarecimento e ampliação do conhecimento. Sobre o planeta Marte, Francisco Cândido Xavier recebeu informações preciosas do espírito de sua mãe, dona Maria João de Deus, e as compilou no livro Cartas de Uma Morta. Com simplicidade, foram ditadas quando o espírito de sua querida genitora visitava o planeta, acompanhada do mentor espiritual.

Dona Maria apresenta impressões positivas do planeta vermelho, afirmando que “as grandes realidades falam diretamente ao coração, diferentemente das análises frias dos laboratórios terrestres.” Deixa claro que os cientistas futuramente provarão a veracidade de suas afirmativas. Afirma que todo tempo da excursão esteve acompanhada pelo guia, que a ajudou a fazer a viagem ao planeta vermelho em alguns segundos.“Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade formada de edificações profundamente análoga à da Terra. 


Apenas a vegetação era ligeiramente avermelhada, mas as flores e os frutos particularizavam-se pela variedade de cores e de perfumes.” - Começa assim o relato a Chico, filho em posição de médium perante sua querida mãe. Ela teve a percepção da existência de uma atmosfera muito semelhante à da Terra, porém mais rarefeita, conforme a explicação do Mestre devido à densidade. Em outra carta, dona Maria João de Deus fala de suas impressões dos habitantes:“Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis.

Além dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à guisa de asas que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas. Percebi que a vida da humanidade marciana é mais aérea.” Dona Maria cita ainda a existência de poderosas máquinas estruturalmente estranhas a seus olhos, cruzando os ares em todas as direções. E acrescenta: “vi oceanos, apesar da águas me afigurar menos densa, com mares pouco profundos.” Descreve ainda a observação de um sistema de canalizações natural formada pela própria topografia do planeta, favorecendo a intercomunicação entre os mares.

Espíritos com alto nível de conhecimento ensinam que há diferentes graus de adiantamento ou inferioridade entre os habitantes de mundos variados, estabelecendo diferenças importantes entre eles, tanto física quanto moralmente. Há planetas inferiores à Terra, os de mesma categoria e outros superiores em todos os aspectos. Na medida em que a vida moral se desenvolve, o planeta deixa-se influenciar menos pela matéria. Em mundos evoluídos, espíritos elevados informam que a vida é praticamente espiritual.

Ao final do relato, dona Maria revela que o mentor espiritual a informa que a humanidade de Marte se encontra em uma fase evolutiva mais adiantada que a da Terra: “Desde o início da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir para viver, longe das concepções dos homens terrenos, cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheios de vísceras e víveres de outros seres da criação.”
Centro Espírita Luz da Esperança

Blog do Centro Espírita Luz da Esperança de São Francisco de Assis. Atendimentos a luz da doutrina de Allan Kardec, localizado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil.

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