O codificador Allan Kardec na questão n° 188 do Livro dos Espíritos, capítulo Pluralidade das Existências, nos traz a reflexão: Os Espíritos puros habitam mundos especiais, ou se acham no espaço universal, sem estarem mais ligados a um mundo do que a outros? A resposta dos espíritos é reveladora: “Habitam certos mundos, mas não lhes ficam presos, como os homens à Terra. Podem, melhor do que outros, estar em toda parte.”
Kardec nos esclarece que “segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo Júpiter superior, a todos os respeitos. O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, por meio do fluido universal. Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga”.
Em A Gênese, capítulo VIII, que trata das teorias sobre a formação da Terra, encontramos a hipótese de que “o Sol é de natureza incandescente. Se bem ainda não haja certeza quanto à sua natureza, os poderosos meios de observação de que hoje dispõe a ciência tem permitido que ele seja melhor estudado, de modo a admitir-se que é um globo composto de matéria sólida, cercada de uma atmosfera luminosa, ou fotosfera, que não se acha em contato com a sua superfície”.
‘‘O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos espíritos superiores”
No capítulo VII da Gênese, a Federação Espírita Brasileira insere a nota n° 44, informando que “completa dissertação, à altura da ciência moderna, sobre a natureza do Sol e dos cometas, se encontra nos estudos e leituras sobre a Astronomia, de Camille Flammarion”.
Para o estudioso da Doutrina Espírita Sérgio Castro, o Sol, sob o ponto de vista material, tem sua composição estruturada em elementos químicos de altas vibrações moleculares e de incrível resistência a altas temperaturas, semelhantes a algumas substâncias encontradas na Terra, que produzem calor e fogo, cujas ações, interações e reações provocam explosões que se projetam no espaço e áreas de influência solar, causando variações climáticas e alterações de temperatura nos mundos por ele sustentado.
São fatos como os que ocorreram no final de dezembro de 2004 (tsunami no oceano Índico, na Indonésia) e em agosto de 2005 (furacão Katrina, em Nova Orleans).
“Atualmente a ciência já afirma que as explosões solares se intensificam em força, e diminuem os intervalos de tempo entre cada explosão”, observa Sérgio Castro.
Pelas condições de calor e pressão existentes no Sol, hoje conhecidas através da ciência humana, podemos compreender que em sua superfície não seja possível viverem seres corpóreos.
Como imaginar que sua massa luminosa e energética seja fruto da concentração e vivência de espíritos puros que lá se reúnem? Como seria essa emissão de luz e de calor, responsável pela manutenção do equilíbrio em todo o sistema solar?
O espírito Emmanuel também traz contribuições. Na obra A Caminho da Luz, revela a existência de comunidades de espíritos puros que se reúnem para apontar a direção de todos os fenômenos de nosso sistema! É mais um indicativo de que espíritos puros trabalham e planejam as ocorrências planetárias de sistemas solares e humanidades de todo o universo, sob o comando do pensamento maior do Criador Universal.
Diante da dimensão e do campo espiritual do Sol, Sérgio Castro crê que nada impede seja ele ocupado por espíritos puros, uma vez que estes possuem ampla liberdade para agir e pensar com generosidade, vibrar harmonicamente e emanar conhecimentos que podem chegar por sutil intuição para favorecer os homens em sua trajetória evolutiva.